Postagens

Mostrando postagens de 2010

Promessas para o ano novo!

Imagem
Ano novo, vida nova? Hopefully! Chega este momento do ano e sempre acabamos por fazer algumas promessas para o ano seguinte. O problema é que eu não me lembro das promessas que fiz no final de 2009. E 2009 foi o meu annus horribilis . Pelo menos espero que tenha sido, porque se não foi, eu rendo-me desde já! Este fim de ano, vou tentar deixar registrado aqui algumas vontades e expectativas para 2011, para ver se no final do ano eu consigo ter uma avaliação positiva. Vamos ver... Expectativas pessoais: Formar a “minha” banda, compor, tocar ao vivo...dar a conhecer Fazer umas férias só com o filhote – neve? NY? Praia no Brasil? Alguma lugar que ele não conheça... Ir a Nova Iorque, desta vez com mais tempo para ver algum show, talvez até o US Open Comprar um carro – este é amargo porque na realidade gostaria de não ter que comprar carro. Mas Brasília é terrível para quem não tem carro... Ser campeão da 2ª série da FBT – masters ou classificação (tênis) Acabar de escrever o conto Escrever

E depois do adeus

Se eu estava preparado para a separação? Não. Não estava. Nunca pensei nisso. E não foi por falta desse “bom conselho” por pessoas genuinamente bem intencionadas. O que acontece é que se eu me tivesse preparado para a separação, não me teria casado. Simples assim. E agora? Estou separado há um ano, e pergunto-me cada dia, como será amanhã. Ser/estar separado me colocou num papel incrédulo do futuro que raramente tive. A confiança no futuro fica muito abalada. Não no sentido em que vai acontecer algo errado ou assim, mas na capacidade de vislumbrar que poderemos voltar a ser tão ou mais felizes. É estranho. E ultimamente tenho me dado conta que a tristeza tem saído para fora de mim, como uma ressaca. Tenho me perguntado se me transformei naquelas pessoas que vêm o futuro sempre em tons de cinza, que vêm só (ou mais) o lado negativo das coisas, que contaminam com o seu pessimismo. Acho que não, que é um momento passageiro, o consolidar do fim de um ciclo, o momento mais turbulento da tem

Escolhas ou destino...

Imagem
Tive uma conversa muito interessante com a minha mãe há uns tempos atrás, quase que completamente filosófica, sobre destino e escolhas. Basicamente a nossa conversa se portou sobre a pergunta se a nossa vida é o resultado das nossas escolhas – conscientes ou inconscientes – ou se o “destino” faz algumas escolhas por nós. Minha mãe acha que na vida muitas vezes não temos escolha, que muitas vezes nos deixamos levar pelos eventos. Minha opinião é precisamente oposta. A escolha é quase sempre nossa. Acredito que quando dizemos “não tive escolha”, é porque escolhemos na mesma. A “falta de escolha” já é uma escolha em si. O que acontece é que muitas vezes as escolha que fazemos são tão difíceis que temos imensas dificuldades em assumi-las assim com as suas consequências. Não estou a dizer “sou capitão do meu barco, senhor do meu destino”. Não acredito que dominamos todas as variáveis do nosso “ambiente”. Acredito até no contrário, que a maioria das variáveis está totalmente fora o nosso co

Anti-social...

Imagem
Já estou sem carro há algum tempo (outra vez). É para uma boa causa: conseguir pagar o aluguer de um apartamento. Pois é. Não dá para ter os dois. Mas não é disso que se trata aqui. Por causa dessa circunstância tenho de ir trabalhar de transportes públicos. O que para mim é até bom, na medida que a Asa Norte de Brasília não é assim tão mal servida. E dá par ir, de cabeça vazia, sem pensar em nada, sem comunicar com ninguém, como gosto de fazer. O pior para mim e o meu assumido lado anti-social, é quando me oferecem carona/boleia. Uma coisa é eu saber que vou fazer um trajeto com outra pessoa, eu preparo-me para esse momento, penso nas conversas que podemos ter, nas coisas que eu quero falar etc. Ou seja, estou predisposto para esse momento, esse confronto. Outra coisa totalmente diferente é ser apanhado de surpresa. Está tudo preparado para que eu consiga fazer o trajeto sozinho e de repente encontro alguém que me propõe a carona ou boleia. Aí a coisa estraga! Ainda tento recusa

Subversão: Rock and Roll (Led Zeppelin cover)

It has been quite a long time since we rock and rolled...

O Bando: This Love (Maroon 5 cover)

Foi na noite mágica de 10/10/10, com vários amigos, uns novos e outros mais antigos, uns presentes fisicamente e outros só em mente, tudo regado com muita música, bom humor e abraços. E este bando de amigos que diverte como ninguém!

The Moreira Project: Ancestrology

As coisas boas DEVEM ser partilhadas. Dica da MoSanBlog!

Death by nostalgia

Num post anterior eu falei como tenho dificuldade em lidar com saudosismos, não foi? Salvo erro até expliquei um pouco mais no post sobre a reformação dos The Police . Hoje me disseram que os Creedence Clearwater Revival iam dar um show em Brasília. Eu respondi quase que automaticamente em tom infelizmente seco:"os sobreviventes, queres dizer". E outro amigo está feliz porque vai ver o show do septuagenário e caquético Paul McCartney como ilusão de ver os Beatles. E os Queen querem continuar sem Freddie Mercury... ha! Encontrei as palavras exatas do Zappa: "It isn't necessary to imagine the world ending in fire or ice--there are two other possibilities: one is paperwork, and the other is nostalgia. When you compute the length of time between the event and the nostalgia or the event, the span seems to be about a year less in each cycle. Eventually within the next quarter of a century, the nostalgia cycles will be so close together that people will not be able to take

Coisas...

...com que eu não sei lidar arrogância sem "back-up" (Muhamad Ali, Frank Lloyd Wright, etc são exemplos de arrogância com "back-up"), família, frustração, mulheres com peitos bonitos, idiotice (não sei se fico irritado, se sinto pena...), pessoas mais convencidas que eu, criticas inúteis ou sem mais valia, perguntas retóricas (ex: atendo o telefone no escritório a pessoa que que ligou pergunta se eu já cheguei ao escritório), projectos eternamente por acabar (ou mesmo começar), a ausência do Tiago, Deus, meu filho quando me pergunta pelos avós maternos ou avô paterno, historias sem ponto final, vertigem, amor, eternidade, o tamanho e a variedade do/no mundo, racismo/ sexismo/ paternalismo/ capitalismo/ comunismo/ neoliberalismo e os demais ismos... ...que não gosto politica (não quer dizer que estou nem aí...), reviver o passado, sentir-me impotente, ler, falta de carácter (sobretudo quando é minha), salsa, peixe (salmão não é peixe!), doença, esforço, gordura (salm

Tiago...meu irmão

Isto agora vai ainda mais triste. Fujam enquanto é tempo... (Já viram como gosto de usar reticências? Será que isso quer dizer que não gosto de “acabar” as coisas? Que estranho. Penso de mim precisamente o contrário. Como me posso enganar tanto?) Para quem não sabe, tenho hoje 2 irmãos, ambos mais novos. No entanto, houve um momento (curto) na minha história em que fui o irmão mais novo de alguém. Foi durante o primeiro ano da minha vida. Tinha um irmão mais velho chamado Tiago, um ano mais velho que eu. Ele morreu num acidente de carro quando tinha 2 anos. Fora o drama do acidente em si, a morte de um ente muito querido, de uma criança, de um filho/irmão/neto, a morte dele teve outra particularidade que criou um tabu na família: quem ia ao volante do carro era a minha tia, irmã mais nova do meu pai. A história contada é que num domingo o meu irmão e eu tínhamos ficado em casa da nossa avó paterna enquanto os nossos pais iam ao cinema (ou passear, ou festa, algo do gênero). A noss
Imagem
Completei 39 anos no passado dia 10. E festejei com pompa e circunstancia, pela primeira vez. A data ficou tão simbólica que eu não podia deixar passar em branco – 10/10/10! A diversão dos festejos começou logo com o envio do convite, onde eu dizia que estava a entrar no meu 40º ano de vida. Gerou-se logo confusão porque a maioria achou estranho eu completar 40 anos – não sei se é “só 40?” ou “40, já?”, não que isso faça uma enorme diferença, claro. A festa foi muito boa, juntamos 2 aniversariantes, 1 despedida de um amigo que se muda para Paraty, 2 bandas e mais musica para dançar. E foi muito bom! Há muito tempo que não passei tão bem numa festa. Mas este post tem outra veia. Desde que supostamente sou adulto, cada vez que faço anos penso quão diferente sou – ou somos – da geração dos meus pais. Eu me lembro dos meus pais com a minha idade ou até um pouco mais novos, e não reconheço em mim o grau de maturidade que eles tinham. É uma situação surreal. É verdade que hoje também sou pai

100 palavras

100 palavras para me lembrar quem sou, do que gosto, quem amo ou amei, de onde venho, onde gostaria de ir, como gostaria de estar. 100 palavras para me explicar o vazio, apaziguar o vento ou aproveitar o passeio. 100 palavras que podem suavizar a violência do desmantelar de quase tudo, atenuar o fedor do esquecimento e pintar o vácuo com cores as cores da luz. 100 palavras para renascer outra vez e sorrir com o olhar, apreciar a chuva e a memória de dias melhores que já começaram. Tipicamente eu. Com espaço para dizer tudo e ficar sem palavras... :-P

I'm black and I'm proud!

Imagem
Sempre achei essa frase, tornada famosa pelo James Brown, idiota. Podem substituir a cor por qualquer outra cor e ela continuará igualmente idiota. É tão ridícula, essa coisa de ser "orgulhoso de ser [preencher com qualquer cor de pele que se adéqüe ao seu caso]". É completamente idiota. É tão idiota quanto ser orgulhosa de ser mulher, ou homem, ou brasileiro, ou polaco, ou português, ou homossexual, ou alto, ou baixo... Percebem onde quero chegar? Vou ter que explicar? Ok, eu explico. E vou fazer apenas uma pergunta: o que fizeram para ser [preencher de novo com qualquer cor de pele que se adéqüe ao seu caso], ou mulher, ou homossexual, ou alto? Que esforço essa particularidade, essa característica, esse resultado de combinações genéticas aleatórias, exigiu de vocês? Pois... Absolutamente nenhum! Como posso ter orgulho de ter feito... nada? Ah! E uma publicidade da Benetton, sem razão, para voces...

Memórias da chuva...(3)

Imagem
Em França não me lembro ter alguma vez sentido vontade de ir tomar banho de chuva. Era aquela chuva fininha, educada, que cai durante horas com intensidade variável, suficiente para impedir qualquer atividade ao ar livre, mas não suficientemente forte para nos dar vontade de mergulhar nela. Ela não deixava de ter aquele cheiro característico – antes e depois, mistura de terra molhada, humidade, mar – sim, cheiro a peixe. Acho que foi a primeira vez que eu tinha associado uma coisa à outra. Lembro –me que eu adorava jogar tênis nas quadras cobertas do clube, com as portas laterais suficientemente abertas para deixar passar uma aragem revigorante durante o jogo. Acho que devo ter jogado o meu melhor tênis nessas circunstâncias. Momentos mágicos! Quando voltei para morar em Lisboa, tinha esperança que a chuva fosse mais africana, pela distância. Mas não foi assim. A chuva lisboeta era a mesma chuva francesa, miúda, insistente, insidiosa. Ainda por cima como quase sempre moramos em prédios

There's something about the music...

Já nem sei se já escrevi sobre o assunto. E mesmo que já tenha, o assunto é-me importante... Recorrentemente, volto a pensar no meu percurso de vida e tento identificar o momento em que escolhi não perseguir o meu sonho. Ou, sendo menos dramático, escolhi hipotecá-lo em prol de alguma segurança. Acho que aconteceu quando vislumbrei que poderia fazer “carreira”, que não era o inútil que algumas pessoas pensavam que eu era. Na altura não tinha discernimento para afastar do meu caminho qualquer interferência/opinião de terceiros. Não quer dizer hoje tenha, mas pelo menos hoje sei expressar um “NÃO” convicto e repetir claramente para quem insiste “que parte de NÃO, não percebeste?”. Isso ajuda muito a ser seguro. Dizia eu que quando achei que poderia “fazer carreira” foi quando conscientemente escolhi me afastar do mundo da música. Isso aconteceu no inicio da década de 90. De fato algumas qualidades me permitiram destacar e crescer profissionalmente, em vários ambientes diferentes (vendas,

Leituras negras...

Imagem
Quando fui trabalhar para Luanda, em 2005, inconscientemente decidi que ia ler mais. E ler não só Steinbeck, mas também dar uma chance a outros autores menos familiares. Foi assim que li o complexo Invisible Man de Ralph Ellison . Livro que, aliás, vou ter que ler outra vez para realmente tocar com o dedo toda a densidade do livro. Afinal de contas foi acho que foi a minha primeira tentativa com a literatura negra (Engraçado. Nunca tinha pensado nisso antes de escrever estas palavras, mas acho que Ralph Ellison é o único autor negro que eu li até agora... Dizia eu então, que li alguns livros. Coincidentemente, fiquei-me por dois autores africanos que não tinha tocado: Pepetela e Mia Couto . Do Pepetela li Jaime Bunda, agente secreto , que achei ridículo, embora tenha seu interesse para quem conheça Luanda, porque retrata muito bem os lugares e costumes das pessoas e da cidade. Já o A Geração da Utopia é, para mim, outro campeonato. Brilhantemente escrito, retrata uma geração que eu

Memórias da chuva...(2)

Imagem
Em São Vicente era diferente. É um conjunto de ilhas vulcânicas perdidas no meio do atlântico, por onde passava o comércio triangular, onde raramente chovia. E quando isso acontecia, Jesus Silva Cristo! Era uma chuva torrencial que varria tudo no seu caminho. Só me lembro ter visto chuva em São Vicente uma vez. E foi desastroso. Mandou para o chão os postes de luz, arrancou pedaços de calçada em toda a cidade, empurrou carros contra os prédios, enfim. Uma imagem de destruição. E mesmo assim algumas crianças brincavam na rua – infelizmente eu não fazia parte dessa festa – perto dos ditos postes elétricos. Quando penso nisso até tremo. Em contrapartida, depois da chuva passar, cada infinitésimo pedaço de vida verde brotava dos lugares mais inimagináveis. Era fantástico ver aquela ilha de perda vulcânica e areia preta como carvão em pó, ficar coberta de verde. Um verde brilhante e clorofílico! E sempre aquele fantástico cheiro de fresco, de novo, de terra molhada. Neste caso é mais “que s

Web 2.0, redes sociais e bla, bla, bla...

Imagem
Lembro-me que durante muito tempo um dos medos que existia contra a Internet era a questão da privacidade. O grande medo dos utilizadores era (e ainda é, de certo modo) de ver as suas vidas “na praça pública”, sem nenhum controle sobre o que é verdade ou o que é mentira, o risco de difamação, distorção de factos etc. Com base nessa premissa até nasceram algumas empresas num nicho de negócio muito específico como a caça de informações. Empresas especializadas em procurar informação sobre “mim” (cliente) na Net, e de “limpar” o que eu achar necessário limpar. Embora hoje ainda hoje apareçam aqui e ali alguns e-mails a publicitar esse tipo de serviços, já é algo “passado”. Eu sempre achei isso algo absurdo. A grande riqueza da Internet era e é precisamente essa liberdade e suposta falta de controle. Dou quase sempre o exemplo do caso da tentativa de “impeachment” do Clinton, que nasceu de uma pequena página pessoal de Internet (sim, as paginas pessoais eram os Blogs de há alguns anos atrá

Memórias da chuva...(1)

Imagem
Desde que a memória me consegue levar, sempre adorei a chuva. Não existe cheiro mais apaziguador e inebriante que aquele que antecipa a chuva. Em todos os países por onde passei tenho uma lembrança boa associada à chuva. Em Bissau lembro-me do quanto antecipávamos a chuva. Nós crianças, adorávamos tomar banho de chuva. Era a melhor coisa do mundo. Os rapazes jogavam futebol no meio das ruas desertadas pelos carros, as meninas corriam embaixo das goteiras que deixavam cair enormes quantidades de água. Tanto que ás vezes doía. Lembro-me de uma vez que eu estava a voltar para casa de um futebol perto de casa, devia ter os meus 11 anos. Eram por volta das 4 da tarde e de repente ficou tudo escuro. Nunca tinha visto algo igual. Em casa estava só a minha avó e não havia eletricidade – fato normal em Bissau e muitos outros países africanos – e eu queria ir para rua tomar banho quando a chuva caísse. Era estranho porque o céu estava cinza escuro e não havia vento. Minha avó ficou com medo e nã

Um mundo de contradições

Imagem
É para qualquer pessoa de boa vontade enlouquecer de vez... A França, aquele país de onde veio a declaração universal dos direitos do homem, está a expulsar Ciganos pelo segundo dia consecutivo. A hipocrisia a este nível me dá nauseas. E eu fico aqui a pedir coerência... Mas é isso. É o Mundo onde vivemos. Enquanto lá fora o Mundo late palavras de ordem encharcadas de intolerância e ignorância, Milan, o meu principezinho de 9 anos escreve  isto   <-- Afinal há vida e esperança...

Não tenho medo da morte!

Imagem
Pois não! Nos últimos tempos tenho visto muitas mortes repentinas, de pessoas da minha geração ou pouco mais velhas (“muitas”? Que exagero. Talvez não tenham acontecido mais do que o costume e eu tenha estado mais atento. Será?). Não estou a falar de mortes por doenças longas, de velhice, ou de outras causas talvez mais “compreensíveis”. Estou a falar de mortes por razões estranhas, normalmente não identificadas, como crise cardíaca, ruptura de aneurisma etc. Ou seja, estou a falar de pessoas perfeitamente saudáveis (pelo menos em aparência) que de repente, pfff, morrem, sem mais nem quê. Acho que não imagino sequer a dor que deve ser para os familiares, amigos, amantes etc, perder uma pessoa assim de forma tão pouco “digerível”. Isso tudo para explicar porque pensei na morte. Pensei muito nisso. Não tenho medo da morte em si, não tenho medo do “deixar de ser”, de deixar de respirar etc. Tenho medo da dor, seja ela qual for, física ou psicológica. Tenho mesmo terror da dor. É um

Conversas de boteco...

Imagem
Pouca coisa é melhor do que isso. O mais dificil é lembrar-me de todas. Uma pérola ouvida hoje no bar em baixo da minha casa, quando eu voltava do tênis. Seja dito en passant, que eram umas 3 da tarde e só estavam lá 3 pessoas, uma delas sendo o dono do boteco: Joãozinho! Cê tem que tomar uma Seleta pa ir dormi! Cê que mora sozinho, cê toma uma seletinha e apaga igual Cinderela. É só pendurar a cueca no ventilador e desmaiar sorrindo té dia seguinte! Eu morri de rir (discretamente) ao ouvir isto. A parte da cueca (que áté agora me faz rir às gargalhadas sem entender a piada) e o "dormir sorrindo", representação absoluta da felicidade :D

Um pouco de Luz...

Para aqueles que se perguntam de onde vieram as palavras que estão ali no cabeçalho do blog... Da minha antiga banda, nuttshell (ou nutt's hell  como me divertia dizer...), com Miguel (voz), Bruno (batera) e Diogo (baixo). Uma versão ao vivo... E uma interpretação em vídeo, por um estudante de cinema. Depois desta leitura fiquei curioso de saber o que as pessoas pensam que é o tema da musica, do que ela fala... Digam lá ;)

Início do projeto: kaleidoskope

A música vai voltar! Conheçam o projeto kaleidoskope em todas as suas vertentes, ajudem a torná-lo realidade! Como? Divulgando, viralizando, ajudando a encontrar as pessoas certas para construir a casa ;) E caso depois gostem, just show and spread the love!

No carro gosto de deixar passar...

Imagem
...outros carros, bicicletas, pessoas, o que seja. Sinto-me bem, bom, importante, ao fazer aquele gesto magnânimo com a mão que diz "sim, irrisório/amiúde/miserável mortal, podes passar que eu deixo...". É um prazer vislumbrar esse fugaz momento de surpresa misturado com felicidade na cara de quem estou a deixar passar. Sinto-me mestre do mundo! :D E é patético que exista esse momento, não é? Não é como se eu estivesse a dar um milhão ou a salvar uma vida. É apenas um gesto de cortesia básica, civismo, convivência... Mas isso seria sem contar com os milhares de condutores imbecis que quase atropelam pessoas bem intencionadas que atravessam nas passadeiras – passagens para peões, para os lusos - identificadas para esse efeito. Só visto o olhar de desespero das pessoas que tentam chegar ao outro lado. E quando chegam do outro lado têm aquela cara do soldado que conseguiu passar de um esconderijo para outro enquanto berra “suppressing fire! suppressing fire!”, como nos filmes de

Uma mesquita perto do Ground Zero?

Imagem
Acabei de ver esta notícia : uma comissão interna autorizou a construção de uma mesquita perto do Ground Zero, o lugar onde aconteceu o atentado do onze de setembro. É obvio que para os americanos é uma questão sensibilíssima. Nesta  votação online que acompanha o artigo verão que, quase 10 anos depois, estamos longe do “perdão”. Eu já tinha comentado isso no post da minha visita a Nova Iorque . A ferida é gigantesca ainda, é fisica, e é mental. Pior ainda, mostra que o grande público ainda assimila (e provavelmente sempre assimilará) a ação de um grupo de fanáticos degenerados a uma guerra entre o Islã e os EUA. Confesso que a minha reação inicial é claramente a favor da construção. Vejo isso como um grande ato de coragem, demonstra uma vontade magnânima de trilhar o caminho em direção à paz (exige coragem e humildade). Mas ao mesmo tempo alguns dos argumentos são contundentes de justiça nua e dura. Este particularmente ressoou em mim: “aceitamos a construção da mesquita se for autor

Estou a ficar velho...

Sabem o que quero dizer... Tenho ouvido cada vez mais Blues... A musica de hoje parece-me uma porcaria sem fim... Já não se fazem mais filmes como Apocalypse Now, Scarface, Sophie's Choice ou MASH... Comecei a conhecer pessoas através do meu filho (pais dos amigos dele)... Se eu começar a ouvir música clássica, por favor dê-me um tiro no meio da cara! Até esse momento chegar, fica um presente para os tímpanos (e o olhos): Victor Wooten, no baixo

Partidas...chegadas...partidas...

Qual deveria vir primeiro? A partida ou a chegada? É preciso chegar para poder partir ou é preciso partir para poder chegar? O ovo ou a galinha? É vital saber isso? Não me parece. E daí... No entanto, parte das poucas certezas que tenho (e que me torna algo antisocial) é que não gosto de partidas, sejam elas de quem forem. Não. Espera. Correcção. Não gosto de partidas de pessoas de quem gosto. Daí ser importante saber que uma partida é precedida ou seguida de uma chegada. Ou seja nada é gratuito. Cada felicidade está intimamente ligada a uma infelicidade? Depois da tempestade vem a bonança (e inversamente?). A infelicidade da chegada de pessoas que são indiferentes está ligada à felicidade da partida das mesmas. Mas (e esta é a parte importante) então a felicidade da chegada de pessoas queridas está ligada à infelicidade da partida? O segredo (eureka) está em saber distilar!

A história é escrita pelos vencedores!

Acabei de ver um filme chamado Green Zone , do Paul Greengrass, que mostra naquela maneira norteamericana de fazer "singela-para-imbecil-entender" como o pretexto da armas de destruição massiva não era mais que isso, um pretexto para o ocidente colocar (ainda mais) pé no médio oriente. Um filme de ação como milhares, cheio de boas intenções, explosões, discursos moralistas, paz nomundo e efeitos especiais. Se quiserem ver aluguem, ou melhor ainda, baixem ilegalmente que é para ver se para de fazer filmes idiotas. Mas o filme fez-me pensar em como eu nunca tinha visto até agora um blockbuster sobre o mesmo assunto mas filmdo do ponto de vista Iraquiano. Da mesma forma, nunca vi um filme sobre a guerra do Vietnam filmado do ponto de vista vietnamita, sobre guerra da Argélia sob o prisma argelino, etc, etc, já perceberam onde quero chegar. Já dizia isso George "Big Brother is watching you" Orwell, há umas décadas atrás. E dei-me conta que não é bem assim. Nem sempre a

E mais um pouco de Blues para a alma...

Existem coisas que merecem ser partilhadas sem razão. Ash Grunwald, numa versão fantástica do clássico do Robert Johnson: Crossroads. (não percebo como algumas pessoas não se calam, mesmo quando batem de cara na perfeição) E só o áudio do primeiro single do seu album. Paz!

Quem matou Jesus Cristo?

São estas pequenas coisas que abalam o meu otimismo. Sim, sou otimista a um ponto que ninguém acredita. Mas voltando. Ao sair hoje de manhã de casa, passava um documentário com o tema supra citado. Obviamente que é a eterna guerrinha entre judaísmo e catolicismo, com a natural arrogância de descartar todas as outras religiões monoteístas (para não complicar a coisa...), sobre se de fato Jesus foi vitima do tribunal judaico ou romano.   Não me importa na realidade responder a essa pergunta. O que mais me aflige, e seja dito en passant que estou a colocar-me no papel de quem acredita em Deus, é que mais de 2000 anos depois do dito evento, e com tudo o que a história nos ensinou desde então, o ser humano teima em separar as coisas por raça, crença, cor de pele, gênero, nacionalidade ou seja lá ou qual outro atributo absurdamente não-aplicável. Pior ainda. E não só separa como generaliza estupidamente. Opinião pessoal: O que diferencia as pessoas deste planeta, realmente, não são esses atr

O medo

Imagem
Há alguns anos eu falo deste assunto com as pessoas mais próximas, da (minha) necessidade de exorcizar o medo, seja como for e seja ele qual for... O mundo que nos cerca é regido pelo medo nas suas formas mais sorrateiras. Infelizmente, isso começa muito cedo em nossas vidas, tão logo começamos a perceber o mundo que nos rodeia, assim que perdemos um pouco da nossa “virgindade". Quando criança, ainda inconscientes dos pseudo-perigos que nos rodeiam, o mundo tem definitivamente uma cor diferente. Pouco a pouco, à medida que o que eu associo com medo começa a se tornar parte da nossa vida, tudo muda. Tentei me lembrar da primeira vez que fui confrontado com o medo e é impressionante como isso aconteceu cedo. O medo dos nossos pais, a nossa salvação, as pessoas mais importantes em nossas vidas. Como é esse medo? É o medo de quebrar os brinquedos, de não comer tudo o que nos foi servido, de rasgar os livros, de destruir o aparelho de som do pai, de cometer erros, de sermos nós mesmos,

The Police se reformou...

Eu sei, não é notícia recente mas... The money machine has hit again... Durante anos Sting recusou todas as propostas de reformação dos The Police sob o pretexto que ele estava noutra onda, que a carreira dele tinha tomado um rumo que não permitia voltar atrás, que The Police representava o passado dele, um passado orgulhoso, mas passado. Quem conhece um pouco a historia da banda e dos integrantes sabe que a ultima tournée deles foi "sanguinária" porque eles nem se falavam. Passaram 1 ano na estrada e trocavam insultos via terceiros (advogados, na maioria). E cada ano que passava as gravadoras iam adicionando um 0 (zero) antes da virgula no cheque prometido... E Sting continuava aquele bastião da integridade: Não, não e não!! E finalmente... Aceitou! The Police vai obviamente fazer uma tournée mundial que vai encher, claro, vão ganhar MUITO $, mas MUITO mesmo, e não vão gravar nenhum CD novo. Só vão capitalizar sobre as hordas de fanáticos saudosistas que o mundo engendra. Sã

Que porcaria de tempos esportivos!

É. Estes últimos 2 meses tem sido os piores do Mundo no que tange ao esporte: No tenis o maior tenista de todos os tempos acabou de entrar em declínio - perdeu nas quartas de final em Roland Garros e Wimpledon, depois de 23 semi-finais consecutivas No futebol Portugal perdeu contra a Espanha nas oitavas de final da copa do mundo, num jogo que poderia ter ganho se o treinador não teimasse em achar que o Cristiano Ronaldo é o único jogador da equipe Também na copa, o Brasil perdeu contra a Holanda, depois de dominar toda a primeira parte e de achar que já tinha ganhado a copa Ainda no futebol, e para acabar, os jogadores do Gana perderam contra o Uruguai, depois de perder a bagatela de 3 penaltis Estaremos e entrar numa nova era esportiva? A partir de agora e durante todas as minhas férias, vai ser videogame e televisão. Assim não se corre riscos de desilusões inúteis. Paz!

Ciúmes...

Imagem
Não vou fazer a análise fisiológica ou psicológica do tema. Não é minha praia. Vou só dar o meu ponto de vista. Para isso serve o MEU Blog :). Ter ciúmes está ligado à insegurança de perder algo que nos é muito caro. Esse sentimento é aplicado a pessoas. Por isso ele me é tão estranho e difícil de entender. Percebo perfeitamente o mecanismo, a lógica que leva a pessoa a se sentir insegura, o instalar da dúvida, a falta de comunicação, o medo da perda, da solidão etc. O que não entendo é a sensação de perda, que quase sempre está ligada a uma noção de posse (reconhecida ou não). E aí meus amigos, a brincadeira acaba. Posse de outro homem ou mulher? Como assim? A escravatura voltou? Que eu saiba esse foi o único momento na historia em que a sociedade civil aceitou e reconheceu o direito de homens e mulheres serem donos de outros homens e mulheres, como quem é dono de um vaso ou um cão (ironicamente muito cães hoje são tratados com mais respeito do que os acima citados escravos (mas isso

A serenidade para aceitar as coisas...

Como disse Reinhold Niebuhr na “Oração da Serenidade” (1934): ""Deus, dá-nos a graça de aceitar com serenidade as coisas que não podem ser mudadas, coragem de mudar as coisas que devem ser mudadas, e sabedoria para distinguir uma das outras.". Primeiro gostaria salientar que contrariamente ao que o povo pensa, esta oração não vem da bíblia e, embora obviamente religiosa, ela faz parte de uma serie de manifestos filosóficos do jovem acima citado, e não de algum livro fanático-depressivo... Continuando... Se, mesmo estando 99% convicto de que a minha atitude é a correta, que as soluções que proponho para diversos problemas são quase sempre validas e corretas, que a minha visão “fria” e analítica dos eventos e das pessoas me dá mais fundamento para antever o desastre (nem sei se consigo explicar o que sinto...), por mais que isso e muito mais, eu é que me encontro sempre na posição do julgado, do desadaptado, do peixe fora de água. Ou seja o mundo anda torto e eu tenho que

Nos meus momentos mais negros...

Imagino como seria a minha vida se um ente querido desaparecesse. Ou como seria a vida dos entes queridos se eu desaparecesse. Eu sei que não sou o único a ter pensado nisso. Temos todos que aprender a viver com a nossa autocomiseração masoquista e macabra... E para provar que sou sempre otimista e esperançoso, uma pérola do youtube para voces: Richard Bona e Bobby McFerrin em Montreal. Vale a pena continuar, não é? ;)  Keep walkin'!

Não toquem nos "heróis"...

O homem que disse "a beleza das coisas está no espírito de quem as contempla" foi o mesmo que disse "os negros e, em geral, todas as espécies do homem são naturalmente inferiores aos brancos". David Hume - Filósofo escocês, 1711-1776 Ah, poizé! Imanada!

Contradição

Imagem
Em algum momento, no meio destes textos / conceitos / teoremas de bar / monólogo dialogado / conversa de bêbado, vou me contradizer... Já me estou a rir desse momento...   Contradiction - Jean-Marc Calvet

Problemas de comunicação

Imagem
Quando é que deixamos de ouvir? Na realidade as pessoas falam e falam muito. Nós é que não ouvimos. Ou não queremos ouvir. Ou já estamos de tal forma poluídos pelo ruído á nossa volta que o nosso sistema criou um "firewall" automático, extremamente agressivo, que pouca diferença faz entre o que é comunicação legitima e "spam". É triste. É triste porque o feitiço acaba sempre por se virar contra o feiticeiro e da mesma forma que já não ouvimos quem fala connosco, também pouca gente ouve o que teremos a dizer. E assim, no inicio do milénio mais desenvolvido em termos de comunicações, vamos criando uma nova "raça" de pessoas que só se importam com eles mesmos. E quem pode acusar de seja o que for? Quem pode apontar o dedo? Ninguém! Porque entende-se que é uma mera questão de sobrevivência, de manter o mínimo de sinais vitais aparentes para que não nos tornemos invisíveis (o que em termos sociais seria catastrófico, não é?). É muito estranho. Os pais pouco ou

2ª Copa do Mundo no Brasil!

Pois é! Ao voltar para casa hoje, deparei-me com aquele entusiasmo que encontrei em 2006 quando vim definitivamente para Brasília. Está TUDO vestido de verde e amarelo (até eu!), reina uma euforia, ninguém quer saber de trabalho (até eu!), coisa que em 2006 me tinha profundamente irritado. Está tudo fechado, antes do jogo começar estavam alguns engarrafamentos, mas nada que impedisse o bom humor geral contagiante. Infelizmente Portugal empatou a 0 contra (ou melhor, com) a Costa do Marfim, o que vai dificultar a qualificação, sobretudo porque o último jogo é contra o Brasil, precisamente. E para uma pessoa como eu que não entende porra nenhuma de futebol, é impressionate ver o nível critico dos fans em relação às seleções. O Brasil ganhou 2-1 contra a Coreia do Norte. E como em 2006 (e em 2002, e em 1998 etc) todos acham que a equipe é péssima. A paixão pelo futebol é enorme e às vezes (muitas) faz-nos perder o bom senso ;) Mas bom. É só um post meio melancólico. 4 anos. Passaram num i

End discrimination. Hate everybody!

Imagem
A palavra preconceito é definida na maioria dos dicionários como sendo um julgamento ou opinião formada antes do conhecimento do conceito, conceito sendo definido como a representação intelectual de um objeto (grosso modo, não é importante ir a detalhes). É interessante notar que não existe nenhum julgamento de valor na definição da palavra: se é bom ou mau, se é correto ou errado etc. Á partida talvez o único julgamento de valor que me parece aplicável (com toda a ressalva possível) é de saber se é justo ou injusto. Para mim, á base parece-me injusto julgar sem conhecer a essência da coisa. Mas isso sou eu. E eu tenho o preconceito relativamente a saltar de aviões ou precipícios sem pára-quedas ou algum artifício de segurança. Mas como disse: isso sou eu. E porque de repente me lembrei de falar deste tema? Não é de repente. É daqueles posts de Blog que ficou nos rascunhos desde que comecei este pseudo diário-de-bordo. Escrevi e reescrevi varias vezes na tentativa de encontrar o