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Mostrando postagens de junho, 2010

A serenidade para aceitar as coisas...

Como disse Reinhold Niebuhr na “Oração da Serenidade” (1934): ""Deus, dá-nos a graça de aceitar com serenidade as coisas que não podem ser mudadas, coragem de mudar as coisas que devem ser mudadas, e sabedoria para distinguir uma das outras.". Primeiro gostaria salientar que contrariamente ao que o povo pensa, esta oração não vem da bíblia e, embora obviamente religiosa, ela faz parte de uma serie de manifestos filosóficos do jovem acima citado, e não de algum livro fanático-depressivo... Continuando... Se, mesmo estando 99% convicto de que a minha atitude é a correta, que as soluções que proponho para diversos problemas são quase sempre validas e corretas, que a minha visão “fria” e analítica dos eventos e das pessoas me dá mais fundamento para antever o desastre (nem sei se consigo explicar o que sinto...), por mais que isso e muito mais, eu é que me encontro sempre na posição do julgado, do desadaptado, do peixe fora de água. Ou seja o mundo anda torto e eu tenho que

Nos meus momentos mais negros...

Imagino como seria a minha vida se um ente querido desaparecesse. Ou como seria a vida dos entes queridos se eu desaparecesse. Eu sei que não sou o único a ter pensado nisso. Temos todos que aprender a viver com a nossa autocomiseração masoquista e macabra... E para provar que sou sempre otimista e esperançoso, uma pérola do youtube para voces: Richard Bona e Bobby McFerrin em Montreal. Vale a pena continuar, não é? ;)  Keep walkin'!

Não toquem nos "heróis"...

O homem que disse "a beleza das coisas está no espírito de quem as contempla" foi o mesmo que disse "os negros e, em geral, todas as espécies do homem são naturalmente inferiores aos brancos". David Hume - Filósofo escocês, 1711-1776 Ah, poizé! Imanada!

Contradição

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Em algum momento, no meio destes textos / conceitos / teoremas de bar / monólogo dialogado / conversa de bêbado, vou me contradizer... Já me estou a rir desse momento...   Contradiction - Jean-Marc Calvet

Problemas de comunicação

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Quando é que deixamos de ouvir? Na realidade as pessoas falam e falam muito. Nós é que não ouvimos. Ou não queremos ouvir. Ou já estamos de tal forma poluídos pelo ruído á nossa volta que o nosso sistema criou um "firewall" automático, extremamente agressivo, que pouca diferença faz entre o que é comunicação legitima e "spam". É triste. É triste porque o feitiço acaba sempre por se virar contra o feiticeiro e da mesma forma que já não ouvimos quem fala connosco, também pouca gente ouve o que teremos a dizer. E assim, no inicio do milénio mais desenvolvido em termos de comunicações, vamos criando uma nova "raça" de pessoas que só se importam com eles mesmos. E quem pode acusar de seja o que for? Quem pode apontar o dedo? Ninguém! Porque entende-se que é uma mera questão de sobrevivência, de manter o mínimo de sinais vitais aparentes para que não nos tornemos invisíveis (o que em termos sociais seria catastrófico, não é?). É muito estranho. Os pais pouco ou

2ª Copa do Mundo no Brasil!

Pois é! Ao voltar para casa hoje, deparei-me com aquele entusiasmo que encontrei em 2006 quando vim definitivamente para Brasília. Está TUDO vestido de verde e amarelo (até eu!), reina uma euforia, ninguém quer saber de trabalho (até eu!), coisa que em 2006 me tinha profundamente irritado. Está tudo fechado, antes do jogo começar estavam alguns engarrafamentos, mas nada que impedisse o bom humor geral contagiante. Infelizmente Portugal empatou a 0 contra (ou melhor, com) a Costa do Marfim, o que vai dificultar a qualificação, sobretudo porque o último jogo é contra o Brasil, precisamente. E para uma pessoa como eu que não entende porra nenhuma de futebol, é impressionate ver o nível critico dos fans em relação às seleções. O Brasil ganhou 2-1 contra a Coreia do Norte. E como em 2006 (e em 2002, e em 1998 etc) todos acham que a equipe é péssima. A paixão pelo futebol é enorme e às vezes (muitas) faz-nos perder o bom senso ;) Mas bom. É só um post meio melancólico. 4 anos. Passaram num i

End discrimination. Hate everybody!

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A palavra preconceito é definida na maioria dos dicionários como sendo um julgamento ou opinião formada antes do conhecimento do conceito, conceito sendo definido como a representação intelectual de um objeto (grosso modo, não é importante ir a detalhes). É interessante notar que não existe nenhum julgamento de valor na definição da palavra: se é bom ou mau, se é correto ou errado etc. Á partida talvez o único julgamento de valor que me parece aplicável (com toda a ressalva possível) é de saber se é justo ou injusto. Para mim, á base parece-me injusto julgar sem conhecer a essência da coisa. Mas isso sou eu. E eu tenho o preconceito relativamente a saltar de aviões ou precipícios sem pára-quedas ou algum artifício de segurança. Mas como disse: isso sou eu. E porque de repente me lembrei de falar deste tema? Não é de repente. É daqueles posts de Blog que ficou nos rascunhos desde que comecei este pseudo diário-de-bordo. Escrevi e reescrevi varias vezes na tentativa de encontrar o

Sub|version: Apili (José Carlos Schwarz cover)

E voltei a isto. Desta vez a vítima é uma musica do José carlos Schwarz, para mim, o maior autor/compositor da Guiné-Bissau (o Zé Manel é outro que espero falar mais tarde). A música se chama Apili, data dos anos 70, logo após a independencia da Guiné, salvo erro. A letra traduzida seria algo como: Apili, Apili, Apili, Sempre perto do seu homem. Macho, macho grande, Combatente do povo Mas os tugas (colonos portugueses) arrumaram as suas coisas Para voltar para a terra deles Os (nossos) combatentes entraram na praça O home de Apili foi. Foi buscar outra mulher, uma mulher que saiba entrar e sair Apili ficou sozinha com a lembrança de canseira, de fome e atormento Apili não te deixes ir, não abandones A verdade do partido não se perde, a não ser na boca dos mal-intecionados ------------------------------------------------------ Esta música, o contexto em que foi produzida são histórias que merecem ser contadas. O Zé Carlos tem uma influencia gigantesca na minha vida. Considero a musica d

Guerra e paz...

Luto, esbravejo, insulto, sinto raiva...e encontro paz... Não encontro palavras para descrever os sentimentos vividos nesta musica. Entre o minuto 4:18 secs até ao fim, é de flutuar. A parte que começa por volta do minuto 3:50? Orgasmico! ALGUÉM PERCEBE DO QUE ESTOU A FALAR?? Paz. Musica que cura...

Beleza que palavras não podem descrever...

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Ed Harris me fez descobrir Jackson Pollock. E foi assim descobri uma pintura que me tocou (toca) de forma indescritível. Quando fui a Veneza hà decadas atrás (tinha uns 14 anos) eu me tinha “apaixonado” por Tintoretto, mas retrospectivamente acho que teve muito a ver com como o meu casal de professores (sim, eram mesmo casados, Mr et Mme Delay) nos contou as historias associadas aos quadros dele. Eles conseguiram transmitir a paixão deles... Mas Pollock é outra coisa... Não percebo nada do que está nas telas dele, vejo algo bonito até dizer chega. Pego qualquer quadro dele deste período e fico de boca aberta. Seja o Number One, Lavender Mist, o #4, qualquer... Este nº 7 é... pffff... Quem dera poder por em música esse quadro...