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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

As coisas que mexem comigo...

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De repente, eu estava sentado no meio da floresta, num silencio humano ou derivado humano quase absoluto. Saí do caminho desenhado no chão por outras pessoas que passaram por lá antes de mim e mergulhei no meio das arvores. Não era uma floresta muito densa, dava para se esgueirar entre os troncos e galhos. Sentei-me no chão, a humidade se fez sentir, os insetos se sentiram invadidos e entraram em pânico. Parei para respirar, cheirei o ar, as pessoas não prestam suficiente atenção aos cheiros, o pânico das formigas e outros insetos voadores passou. Por uns raros minutos fiz parte da paisagem. E escrevi. Sem pensar muito, só um lápis em cima da folha sem (muita) censura. Queria ver o que ia sair. E eis o que saiu. Um pouco mais de mim mesmo: Cheiro da manhã, doce, verde, sombra pinho, gargalhada à toa, Milan, Pitchounne, improviso, blues, comida, espirrar, voar, sedução, nada ou vazio, mar, neve, outono, Lisboa, chuva, Brasília, reconhecer, memória, água, vinho, cheiro e gargalhada de b

A hipocrisia da sociedade contemporânea

Gostaria de voltar a escrever sobre coisas boas, mas, é uma merda. A hipocrisia da sociedade contemporânea só me dá náuseas. Acontecem coisas tão absurdas no nosso dia-a-dia que eu não vou ao cinema há meses, com medo que a ficção me pareça pálida ao lado da realidade. A cantora Elba Ramalho deu um show para a marcha pró-vida. E doou parte do cachê dela para apoiar a causa. Até aí não vejo nada de anormal. Todas as pessoas são livres de ter opiniões e são tão mais louváveis quando lutam por elas. Onde a porca torce o rabo é quando se sabe que a dita cuja - a cantora, não a porca - já se tinha envolvido anteriormente com projetos que defendem a mulher contra a violência. Quem não vê a incongruência que saia deste Blog agora mesmo, pois não vou perder tempo com explicações. Essa é uma. A outra é esta: A Sousa Cruz é um exemplo de empresa sustentável no Brasil. Isso mesmo. A Sousa Cruz que vende cigarros. Calma, calma. Não sou eu que disse isso. Foi uma palestrante durante uma oficina da

O novo Alice In Chains

É muito bom! Aqui está uma banda que eu achava que ia logicamente desaparecer com a morte do cantor, Layne Staley. Pois não é bem assim. Com a chegada de um novo cantor (nem sei o nome dele ainda) o som continua MUITO bom. Este riff é do melhor que AIC tem para oferecer. Pre-carreguem o video, coloquem o volume lá em cima, e agitem a cabeça de frente para trás, como nos bons velhos tempos! RAWK ON!

Meus momentos non-sense...

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Para lidar com a separação achei bom voltar a umas sessões de terapia. Procurei na lista de médicos do meu plano de saúde e escolhi uma clinica perto do trabalho. Fui lá ontem e... de repente entrei numa 13ª dimensão ou num filme do Terry Gilliam ou do David Fincher. O lugar era exíguo e sem ar. Os dois pacientes que esperava tiveram, durante a meia hora que esperamos, a mais alucinada das conversas sobre a vida, mulheres, deus, drogas, livros etc. Para terem uma referencia, o momento menos interessante da conversa (leiam "interessante como quiserem...) foi quando um quis perguntar ao outro se tinha lido "o segredo", esse pastel-mor, marco da literatura do nosso século (sim, do século 21...), mas não se lembrava do título do livro e referiu-se ao mesmo como "um livro com uma capa com uma coisa vermelha, como sangue". O outro pensou um pouco (sim, pensou, eu vi no olhar dele...) e respondeu "não, não. não era essa. O que eu li tinha a capa azul e as letras

Clarity in chaos...

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Conhecem o conceito "caórdico"? É um espaço de criação - seja lá do que for, para o bem e para o mal :D - entre o caos e a ordem. Este vídeo mostra perfeitamente do que falo. O frágil equilíbrio entre as coisas... Sempre gostei da teoria do caos :)

Quanto custa uma separação...

Independentemente do casal ter filhos ou não, o processo de separação de bens, de coisas que foram armazenadas durante uma caminhada comum, o desfazer de alguns sonhos... e a raiva. Muita raiva e tristeza que se enrola e forma um espécie de bola de nervos... não sei explicar. Eu sei que o tempo cura os piores males, mas não deixa de ficar, pelo menos por agora, um medo de que esta sensação nunca mais vai passar, que vai ficar colada na minha pele que nem um tinta indelével... Estou no meio desse pesadelo. Espero que vai passar... sei que vai passar. A parte difícil é conseguir olhar através da neblina, ter a certeza que estamos no pior da tempestade, que daqui para a frente só pode melhorar. Bom. Vamos mergulhar no filhote, esporte, família e música! O resto que se foda....