Ciúmes...

Não vou fazer a análise fisiológica ou psicológica do tema. Não é minha praia. Vou só dar o meu ponto de vista. Para isso serve o MEU Blog :).

Ter ciúmes está ligado à insegurança de perder algo que nos é muito caro. Esse sentimento é aplicado a pessoas. Por isso ele me é tão estranho e difícil de entender. Percebo perfeitamente o mecanismo, a lógica que leva a pessoa a se sentir insegura, o instalar da dúvida, a falta de comunicação, o medo da perda, da solidão etc. O que não entendo é a sensação de perda, que quase sempre está ligada a uma noção de posse (reconhecida ou não). E aí meus amigos, a brincadeira acaba. Posse de outro homem ou mulher? Como assim? A escravatura voltou? Que eu saiba esse foi o único momento na historia em que a sociedade civil aceitou e reconheceu o direito de homens e mulheres serem donos de outros homens e mulheres, como quem é dono de um vaso ou um cão (ironicamente muito cães hoje são tratados com mais respeito do que os acima citados escravos (mas isso é outra história)...

Como posso chegar a pensar que “enjaulando” uma pessoa eu garanto a sua afeição (porque disso se trata, no fim do dia...)? Como posso perder tempo e energia num problema que sei sem solução (será que el@ vai ficar comigo para o resto da vida). Contrariamente a Pessoa, penso que a essência de um problema é precisamente existir a solução. Ou seja, o “problema” acima não é um problema. É como correr quando já passou a hora marcada para o encontro. A menos que correr faça voltar no tempo. Mas isso pode ser só semântica...

Eu amo. Quero que ela seja feliz. Isso. E se for comigo então serei o mais feliz dos filhos da mãe. Se não for comigo ficarei triste, sim. Mas qualquer tristeza minha será preferível à infelicidade dela ter que ficar comigo por obrigação. Não é isso amar? Ou será que agora, corrompido pela nossa maravilhosa sociedade desinteressadamente consumista (nada é gratuito) até amar virou uma coisa em que se cobra troco? Ah é? Desculpem então mas como dizem “ me incluam fora dessa!”.

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