Quem matou Jesus Cristo?

São estas pequenas coisas que abalam o meu otimismo. Sim, sou otimista a um ponto que ninguém acredita. Mas voltando. Ao sair hoje de manhã de casa, passava um documentário com o tema supra citado. Obviamente que é a eterna guerrinha entre judaísmo e catolicismo, com a natural arrogância de descartar todas as outras religiões monoteístas (para não complicar a coisa...), sobre se de fato Jesus foi vitima do tribunal judaico ou romano.
 
Não me importa na realidade responder a essa pergunta. O que mais me aflige, e seja dito en passant que estou a colocar-me no papel de quem acredita em Deus, é que mais de 2000 anos depois do dito evento, e com tudo o que a história nos ensinou desde então, o ser humano teima em separar as coisas por raça, crença, cor de pele, gênero, nacionalidade ou seja lá ou qual outro atributo absurdamente não-aplicável. Pior ainda. E não só separa como generaliza estupidamente.

Opinião pessoal: O que diferencia as pessoas deste planeta, realmente, não são esses atributos. É algo bem mais simples. Pela minha experiência em países e culturas diferentes, cheguei a esta conclusão. Existem pessoas boas, pessoas más e pessoas indecisas. E, contrariamente ao que a maioria pensa graças ao trabalho fantásticamente isento e idoneo dos meios de comunicação em massa, o primeiro grupo é muito maior do a soma dos dois seguintes.
 
Outra coisa: se em pleno século 21 uma das maiores preocupações dessas religiões ainda é encontrar um bode expiatório para a morte do líder morto 2000 anos atrás, então a religião em geral está com tempo livre a mais nas suas mãos e brevemente pode recomeçar que ela fazia antigamente quando isso acontecia: cruzadas.
 
Como já dizia não sei quem: “A espécie humana é mesmo estúpida...”

Comentários

  1. Olá, David.

    O blog nasceu com um grande Amor (por um blogger ferrenho, que escreve imenso, desde que os blogs existem), e o desgosto amoroso que se seguiu mais tarde acabou por levar o blog a um estado comatoso. Eu não me podia dar ao luxo de me deixar ficar parada dentro da auto-comiseração, por isso larguei blog, hi5 (conhecemo-nos graças ao hi5), msn (primeiro veículo das nossas longas conversas), e recuso-me a criar uma página no face book. A verdade é que agora não tenho tempo nenhum para mais do que os meus emails, porque trabalho de manhã até à noite durante todo o ano lectivo. E nas férias, aproveito para pôr a leitura em dia, que morro de saudades dos meus livros durante quase o ano inteiro.

    Acabei de ler alguns dos teus posts, e pareceu-me que temos ideias comuns. Arrisco-me a pressupor que partilhamos o horror ao racismo, ao preconceito disfarçado de religião, à violência exercida pelos mais poderosos...

    Espero que as tuas ideias e convicções te ajudem a melhorar o teu mundo (o mundo inteiro é impossível, mas se podermos melhorar a vida dos que estão mais próximos, e esses fizerem o mesmo, e assim sucessivamente, ajudaremos, com certeza, a criar um planeta mais feliz) e te permitam amar e ser amado.

    Até breve. :)

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  2. Esta postagem foi removida pelo autor.

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  3. Olá Patricia! Bom te "rever" por aqui. Obrigado pelas gentis palavras. É sempre um bálsamo para o ego. :) A autocomiseração às vezes é só aquele momento em que tocamos o fundo e usamos para dar o impulso que precisamos para subir outra vez. Been there, done that. E sim, partilhamos essas ideias, sim. Sem dúvida. Quanto ao ser impossível mudar o mundo inteiro, só consigo pensar que tem de ser. Shoot for the stars...always. Fica bem! E fica por aqui ;) E volta a escrever também! Beijo.

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