Anti-social...

Já estou sem carro há algum tempo (outra vez). É para uma boa causa: conseguir pagar o aluguer de um apartamento. Pois é. Não dá para ter os dois. Mas não é disso que se trata aqui. Por causa dessa circunstância tenho de ir trabalhar de transportes públicos. O que para mim é até bom, na medida que a Asa Norte de Brasília não é assim tão mal servida. E dá par ir, de cabeça vazia, sem pensar em nada, sem comunicar com ninguém, como gosto de fazer.

O pior para mim e o meu assumido lado anti-social, é quando me oferecem carona/boleia. Uma coisa é eu saber que vou fazer um trajeto com outra pessoa, eu preparo-me para esse momento, penso nas conversas que podemos ter, nas coisas que eu quero falar etc. Ou seja, estou predisposto para esse momento, esse confronto. Outra coisa totalmente diferente é ser apanhado de surpresa. Está tudo preparado para que eu consiga fazer o trajeto sozinho e de repente encontro alguém que me propõe a carona ou boleia. Aí a coisa estraga! Ainda tento recusar “sério, ta tudo bem, não é preciso... vai fazer um desvio desnecessário... o ônibus/autocarro está a chegar... blá, blá...”, é escusado. Nesse momento tenho que reorganizar tudo para me preparar para esse confronto. Sim, confronto mesmo. Qualquer coisa que me obrigue a fazer algo para o qual não estou predisposto é um confronto.

Nunca pensei dizer isto, mas às vezes as pessoas são simpaticas demais e pronto! :D

É. Como dizia Sartre “O inferno são os outros...”

Comentários

  1. Eu entendo bem isso, adoro andar de ônibus, mas quando não estou dormindo, estou ouvindo música, ou as duas coisas, então quando encontro alguém que quer conversar durante a viagem, fico me contorcendo de vontade de ficar só de novo. Acho que sou mais anti-social do que você.

    ResponderExcluir
  2. Não sei... Qd estou no meu modo autista, ninguém arranca mais de que onomatopeias de mim :D

    ResponderExcluir
  3. P.S. ao comentário anterior: AMEI A CHARGE!

    ResponderExcluir
  4. Lendo o post eu pensei no mesmo problema exposto pelo Livio Lee: as pessoas que interagem durante a viagem. Tudo bem que já desenvolvi altas técnicas de fazer de surda ou ter fones no ouvido (mesmo sem som), para não interagir. Mas o fato de tentarem já incomoda. Quando um conhecido oferece uma carona/boleia, pelo menos é um conhecido...
    O problema dos conhecidos é serem insistentes. Se ofereceu e vc recusou, tchau, vai embora. hahaha.
    Agora, o teu problema é ser boa companhia e aí todo mundo quer conviver contigo. ;)

    Beijos solidários.
    Sanflosi.

    ResponderExcluir
  5. Bom saber!!!! Depende também da companhia...

    ResponderExcluir
  6. Sanflosi, eu vou mandar fazer esse tapete de entrada. Nem que seja só para ver a reação dos vizinhos :D

    Alê, isso mesmo. Depende sempre e muito da companhia ;)

    Beijos pras duas!

    ResponderExcluir
  7. Nossa, que bom ler tantas pessoas falando sobre ônibus em Brasília. Não dirijo e as pessoas me olham como se fosse um ET. Só conheço uma pessoa que, como eu, anda de ônibus. Adoro sentar ali, olhar pela janela, divagar. Às vezes, escutar algo. Em alguns momentos, as coras caem do céu. Em outros, acabo sentindo falta do meu passeio, ali, solitário, só eu e meus pensamentos.

    ResponderExcluir
  8. Olha. Outra Alessandra :) Bem-vinda!
    Eu gosto muito de andar de ônibus, embora reconheça que os transportes públicos no plano são bem diferentes dos que servem as cidades do entorno. É bom saber que posso me distrair (ler/ouvir música/observar a paisagem...), enquanto sou transportado de um lugar para outro. :)
    Volte sempre Alessandra!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Dia 1, de não sei quantos...

Dia 5, de não sei quantos...

Dia 3, de não sei quantos...