Memórias da chuva...(2)

Em São Vicente era diferente. É um conjunto de ilhas vulcânicas perdidas no meio do atlântico, por onde passava o comércio triangular, onde raramente chovia. E quando isso acontecia, Jesus Silva Cristo! Era uma chuva torrencial que varria tudo no seu caminho. Só me lembro ter visto chuva em São Vicente uma vez. E foi desastroso. Mandou para o chão os postes de luz, arrancou pedaços de calçada em toda a cidade, empurrou carros contra os prédios, enfim. Uma imagem de destruição. E mesmo assim algumas crianças brincavam na rua – infelizmente eu não fazia parte dessa festa – perto dos ditos postes elétricos. Quando penso nisso até tremo.

Em contrapartida, depois da chuva passar, cada infinitésimo pedaço de vida verde brotava dos lugares mais inimagináveis. Era fantástico ver aquela ilha de perda vulcânica e areia preta como carvão em pó, ficar coberta de verde. Um verde brilhante e clorofílico! E sempre aquele fantástico cheiro de fresco, de novo, de terra molhada.

Neste caso é mais “que saudades daquelas pessoas”...

Comentários

  1. E, ao que sei, em Brasília continua a seca. O ar seco daquele jeito que a Organização Mundial de Saúde mandaria todos ficarem em casa...

    Logo você vai publicar posts de delírios. rsrsrs.

    Beijos e muita água!

    Sandra.

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  2. A água finalmente chegou! Como é bom... :D

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