Dia 10, de não sei quantos...

Cirueña - Belorado: 32 km

7° dia de caminhada!

Último a sair, blá, blá, blá… ainda por cima, depois de 1,5 km, dei-me cinta que tinha esquecido os bastões no albergue. Alguns albergues obrigam a deixar is bastões em um lugar específico, que nem onde ficam os sapatos. Receita perfeita para perde os ditos cujos. E esquecer os bastões sera a piada repetida deste dia.

Voltei para buscar e pé no Caminho!

A chuva voltou e nós acompanhou naquele esquema liga/desliga, durante boa parte da manhã. Continuamos o caminho a 4 (Simona, Ingrid, Damien e eu) e tem sido divertido demais. Damien é um dos caras mais divertidos que conheci, super rápido com aquele comentário com a perfeita dose de ironia, ainda por cima com aquele sotaque sensacional - que agora, estranhamente, entendo perfeitamente! Simona é um concentrado de energia, sempre falante e sorridente. Ingrid é a "mãe do grupo", sempre cuidadosa e carinhosa com todos, verificando se tem tudo, se colocou protetor solar, se encheu a garrafa de água… Sim. Sinto falta dos meus momentos sozinho, música nos tímpanos e cantando semme escutar. Mas eles tod@s vão parar daqui a pouco - os "islandeses" em Burgos e a Ingrid, provavelmente em León - então vamos aproveitando o tempo que temos juntos. Já, já volto para meu mundo de antisocial.

O relógio da Simona sinalizou os 200 km caminhamos, então brindamos com champagne invisível. Como vêm, só eu sei como se segura uma taça de champagne invisível. 

Passamos pela "cruz dos valentes/corajosos".

E fizemos uma pausa em Granón.

Pedi morcilla no café, mas esta horrorosa. Quem coloca arroz dentro da morcilla? Tive de tomar um capuccino inventado e meio copo de vinho, para ajudar a morcilla a descer. Depois, esqueci de novo os bastões no café. Voltei. Terei mais km do o Caminho tem na realidade.

E voltamos para a estrada. Estamos em Castilla y León, e quando sairmos de Castilla y León, faltarão míseros 155 km até Santiago.

Redecilla del Camino. Ainda não entendi se é Camino ou Camiño.

De longe, avistei o que pareciam ser ruínas de algum castelo medieval, talvez do século 9, destruido pelos mouros em uma batalha épica, na qual os espanhóis estavam tentando proteger uma cuba de batismo toda esculpida em pedra, cuja imagem tínhamos visto na frente de uma igreja, uns quilômetros antes. Acelerei o passo, fascinado…

Eram pacotes de feno, provavelmente para cavalos…como eu.

Depois do castelo, passamos por Villamayor fel Rio.

E fizemos os últimos 5 km até Belorado. Uma coisa que já entendi é que os últimos km são sempre, SEMPRE, terríveis, independentemente da distância. Se fizer 18, 24 ou 32, os últimos 2 são os piores.

E chegamos a Belorado! Rastejei pateticamente até o segundo albergue que encontramos - o primeiro era na entrada da cidade, numa parte mais alta e, se fossemos jantar no "centro", na volta teríamos de subir colinas de novo. Além disso, quanto mais para a frente, melhor para sair na manhã seguinte. 

Jantamos muito bem, num restaurante chamado "Huella del peregrino" que tinha este belo desenho.

De volta para o albergue, furei minhas primeiras 3 bolhas nos pés, fiz curativo e coloquei uma espécie de segunda pele que me ofereceram. Como dói, fazer isso! Vamos ver como me comporto amanhã. 

Xixi, cama!

Paz!

Comentários

  1. Usa duas meias mais fofas que não vai dar bolha , apesar que essa dica tinha que ter sido a 10 dias atrás , tudo bem , bora que falta 500 km ainda e seu pé tem muito espaço pra bolha ainda

    ResponderExcluir
  2. Vi a foto das mãos no Instagram e pensei Deivid não entendeu o que era pra fazer. Não verdade, só vc sabia! Muito bom, na friend! Continue no buen camino!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Dia 29, de não sei quantos...

Dia 27, de 33!

Dia 26, de não sei quantos...