O mundo sem Michael...(3/3)

O anúncio da tournée This Is It! me apanhou completamente de surpresa. Assim como a morte dele, aliás. Obviamente. Eu sabia que ele estava profundamente endividado e sentia muita pena que um artista que tinha dado tanto prazer ao planeta se encontrasse nessa situação. Mas infelizmente ele não seria o primeiro nem o último – lembro-me do Mick Jagger verbalizar a surpresa dele ao encontrar Muddy Waters a pintar o teto do estúdio onde os Stones iam gravar uma musica do próprio Muddy. Surreal e tão tipicamente “nós”. Enquanto isso como eu disse aqui Erasure faz tournée mundial. Fucked up world, ain't it? In a big way.

Mas eu tinha a sensação que a tournée seria fabulosa. O filme que saiu depois me conformou nessa opinião: Michael ia dar simplesmente o melhor espetáculo do Mundo...outra vez. Ia calar todas as bocas quanto à sua qualidade de entertainer. E veio a morte. Ele tinha 51 anos! E desses 51, 46 foram passados sob os holofotes. Não consigo sequer vislumbrar o que isso pode significar na vida de uma pessoa. A morte dele pegou o mundo como um soco no estômago. O Mundo sem Michael é estranho. Pelo menos o meu é. Obviamente que os inimigos de antes viraram os amigos de hoje, choraram, fizeram o teatro todo. Mas para quem gostava genuinamente do artista e não das suas excentricidades, fica um vazio.

As notas do riff de Beat It, antes repletas de energia e vitalidade, hoje me parecem vindas de um blues nostálgico do século 21. A ultima música que gostei dele foi a Rock My World. Foi engraçado o efeito dessa batida. Não sou fã de dance ou similares mas quando Michael fez essa, eu pensei que era a forma dele dizer ao Mundo “this is how you do it, damn it!”

E para fechar, uma homenagem pessoal ao gênio. Está cheio de erros mas é sincero

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