Escolhas ou destino...
Tive uma conversa muito interessante com a minha mãe há uns tempos atrás, quase que completamente filosófica, sobre destino e escolhas. Basicamente a nossa conversa se portou sobre a pergunta se a nossa vida é o resultado das nossas escolhas – conscientes ou inconscientes – ou se o “destino” faz algumas escolhas por nós.
Minha mãe acha que na vida muitas vezes não temos escolha, que muitas vezes nos deixamos levar pelos eventos. Minha opinião é precisamente oposta. A escolha é quase sempre nossa. Acredito que quando dizemos “não tive escolha”, é porque escolhemos na mesma. A “falta de escolha” já é uma escolha em si. O que acontece é que muitas vezes as escolha que fazemos são tão difíceis que temos imensas dificuldades em assumi-las assim com as suas consequências. Não estou a dizer “sou capitão do meu barco, senhor do meu destino”. Não acredito que dominamos todas as variáveis do nosso “ambiente”. Acredito até no contrário, que a maioria das variáveis está totalmente fora o nosso controle. Não compartilho daquela mentalidade estadunidense que diz que “quem quer, pode”. O que quero dizer é que muitas vezes vivemos tão mal as escolhas que fazemos, que inventamos desculpas, arranjamos subterfúgios para não ter que assumir a responsabilidade e as conseqüências.
Vêm-me à cabeça um exemplo dramático: o fantástico filme Sophie’s Choice de Alan J. Pakula, com a Meryl Streep e o Kevin Kline. Para quem não viu o filme – e ainda quer ver – vou dar uma informação importante, por isso seja melhor não ler mais. Para os outros, lembro-me que a Meryl Streep faz o papel de uma sobrevivente dos campos de concentração nazis, que, quando teve a oportunidade, escolheu um dos filhos para salvar da morte. Escolheu. Um oficial nazi, cruel, reconheçamos, lhe pede para escolher com qual dos 2 filhos ela quer ficar, sabendo que o outro iria para os campos de concentração. Ela acaba por escolher o rapaz, salvo erro, e a menina é levada pelos soldados. Por mais dramático que pareça, é um momento de escolha. O drama da personagem durante o resto do filme é precisamente ela ter escolhido. Não é ter escolhido um ou outro filho. É ter sido capaz de escolher. Entendem-me?
Não chegamos a nenhuma conclusão na nossa conversa – nem sei se era para chegar a alguma, isso é o meu lado “tem de haver uma conclusão, um sentido, um propósito às coisas...”. Salvo erro, ficamos de continuar a conversa mais tarde. Mas eu continuo a achar que a escolha, por mais difícil que seja, é nossa. Temos é muito que aprender no que tange a assumir pacificamente as responsabilidades e consequências.
Talvez seja uma visão um pouco absolutista da vida...não sei... nobody’s perfect...
Minha mãe acha que na vida muitas vezes não temos escolha, que muitas vezes nos deixamos levar pelos eventos. Minha opinião é precisamente oposta. A escolha é quase sempre nossa. Acredito que quando dizemos “não tive escolha”, é porque escolhemos na mesma. A “falta de escolha” já é uma escolha em si. O que acontece é que muitas vezes as escolha que fazemos são tão difíceis que temos imensas dificuldades em assumi-las assim com as suas consequências. Não estou a dizer “sou capitão do meu barco, senhor do meu destino”. Não acredito que dominamos todas as variáveis do nosso “ambiente”. Acredito até no contrário, que a maioria das variáveis está totalmente fora o nosso controle. Não compartilho daquela mentalidade estadunidense que diz que “quem quer, pode”. O que quero dizer é que muitas vezes vivemos tão mal as escolhas que fazemos, que inventamos desculpas, arranjamos subterfúgios para não ter que assumir a responsabilidade e as conseqüências.
Vêm-me à cabeça um exemplo dramático: o fantástico filme Sophie’s Choice de Alan J. Pakula, com a Meryl Streep e o Kevin Kline. Para quem não viu o filme – e ainda quer ver – vou dar uma informação importante, por isso seja melhor não ler mais. Para os outros, lembro-me que a Meryl Streep faz o papel de uma sobrevivente dos campos de concentração nazis, que, quando teve a oportunidade, escolheu um dos filhos para salvar da morte. Escolheu. Um oficial nazi, cruel, reconheçamos, lhe pede para escolher com qual dos 2 filhos ela quer ficar, sabendo que o outro iria para os campos de concentração. Ela acaba por escolher o rapaz, salvo erro, e a menina é levada pelos soldados. Por mais dramático que pareça, é um momento de escolha. O drama da personagem durante o resto do filme é precisamente ela ter escolhido. Não é ter escolhido um ou outro filho. É ter sido capaz de escolher. Entendem-me?
Não chegamos a nenhuma conclusão na nossa conversa – nem sei se era para chegar a alguma, isso é o meu lado “tem de haver uma conclusão, um sentido, um propósito às coisas...”. Salvo erro, ficamos de continuar a conversa mais tarde. Mas eu continuo a achar que a escolha, por mais difícil que seja, é nossa. Temos é muito que aprender no que tange a assumir pacificamente as responsabilidades e consequências.
Talvez seja uma visão um pouco absolutista da vida...não sei... nobody’s perfect...
Concordo em número, gênero e grau. Até não escolher, já é uma escolha. E acredito que grande parte da "tal" felicidade que todos nós buscamos, está exatamente em saber se equilibrar entre o desfecho que prevemos e o que de fato houve pelo caminho escolhido. E afinal, se a vida é feita de escolhas... Que seja longo o caminho!! =)
ResponderExcluirBeijos
"Até não escolher, já é uma escolha."
ExcluirExatamente! :)