Ciclos...

Fim de um ciclo, início de outro.

Há meses que não escrevo no blog. É um belo momento para um balanço.

Mudei de casa, mudei de trabalho – mesmo se dentro do mesmo grupo empresarial – e fiz uma pequena volta ao mundo. Há seis anos que me mudei para Brasília, num projeto de vida que mudou um pouco daquilo que eu tinha em mente. E é sempre assim, as coisas raramente acontecem completamente conforme o plano. A grande mudança foi obviamente a minha separação, esta nova vida de pai a part-time é algo para o qual não estava preparado. Mas somos seres extraordinariamente adaptáveis, maleáveis. Depois do choque, foram se criando novos hábitos, novas rotinas e no fim, tudo acabou por dar mais ou menos certo. Passamos todos por momentos problemáticos e sobrevivemos.

Hoje tenho a nítida sensação de estar no começo de um novo ciclo, de uma nova realidade, embora não faça bem ideia do que vai ser. Mas a sensação é ótima. É por isso que quis fazer esta viagem que planejei mil vezes nos últimos 6 anos e só agora consegui concretizar.

Mas voltando aos ciclos, é extraordinário como a vida é ritmicamente cíclica. Eles pode ser mais longos ou mais curtos, mas continuam ciclos. E este novo está a ser espetacular. Um desses dias, antes das férias, cheguei a casa depois de um longo dia de trabalho. Deviam ser umas 8 da noite. Estava cansado do dia pesado, mas um cansaço bom, encharcado de assuntos encerrados, de projetos entregues, de nós desatados ou simplesmente cortados. Como diria Kilgore, cheirava a vitória. Tomei um banho, preparei alguma coisa para comer e sentei-me frente ao computador para a minha rotineira navegada pela net, antes de dormir. E por um momento levantei-me, como se sonâmbulo, fui até à minha nova sala grande e ainda vazia de móveis...e surpreendi-me com um “caralho! Gosto da minha vida!” Pois é, assim mesmo. Com o palavrão e tudo. Há sentimentos que só ficam cristalinos como um belo palavrão no meio. E ri às gargalhadas por uns minutos. Esse momento de aparente insanidade é representativo do momento que atravesso. As coisas me correm bem, é um fato. Seria fazer prova de uma gigantesca falta de perspectiva e sentido de justiça dizer o contrário.

Por isso digo que é o fim de um ciclo, início de outro. Espero ter essa mesma lucidez quando, eventualmente, um ciclo menos feliz venha bater outra vez à minha porta. A lucidez para reagir com calma, não entrar em pânico, e simplesmente esperar que a tempestade passe. Porque ela passa sempre.

PS: Claro que vou contar a viagem. Mas não agora. Por agora é só bom saber que ela foi extraordinária e emocionante. Chorei e ri várias vezes, life’s good!

E aqui vão boas vibrações para vocês tod@s, whoever you are!

Comentários

  1. Obaaaaa! Já estava ficando com síndrome de abstinência dos seus posts! Mas não é dependência. É admiração. Como um fã.

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  2. :P Obrigado, simpátic@ leitor anonimo :)

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