Uma viagem e tanto: Parte 4 | Quando tudo fez sentido...
O tempo passa e a memória pode me falhar. É o preço de não
ter escrito este epílogo logo que cheguei. Mas vamos lá, com a ajuda dos vídeos
e fotografias, talvez consiga retratar os sentimentos daquele dia.
Ao chegar no estádio, senti-me como quando tinha 16 anos e
tinha ido a Roland Garros, ver o meu ídolo daquela época, Ivan Lendl, jogar no
central. Arrepios.
Naquela hora, o meu plano era tentar ver os restantes jogos
de oitavas de final. Djokovic já tinha derrotado David Goffin, Wawrinka tinha
tirado o Karlovic, Dolgopolov tinha eliminado o Janowicz e o Berdych já tinha
ganho do Robredo. Ainda podia apanhar um pouco de Gasquet/Cilic na quadra 1
(seguido de Dimitrov/Murray), antes de ver Nadal/Lopez na quadra central,
seguido da razão da minha viagem: Federer/Anderson.
Primeira observação: como as
pessoas parecem menores na televisão! As duas meninas são altas. A Ana tem a
minha altura e a Sloane tem 1m70. Pela
televisão, eu não dava mais de 1m70 para a Ana. A Sloane impressionou pela
técnica e a Ana pela espirito aguerrido. Também vi um pouco do jogo da Andrea
Petkovic. E segunda observação: como parece tudo mais lento na TV! Fiquei
impressionado com a velocidade e potência nos jogos femininos. Confesso que não
contava ver nenhuma menina jogar porque na televisão, a maior parte dos jogos
são chatos, mas realidade é outra. O nível é muito alto. Lamento mesmo que a
televisão não consiga mostrar isso.

Fui ver o fim do jogo do Cilic contra o Gasquet. Que
backhand espetacular tem o Gasquet! Ele faz o que quer da bola, com uma
facilidade desconcertante. Ele ganhou do Cilic em 3 sets, salvo erro. O saque
do Cilic, de perto, é espetacular de ver. Ele se dobra todo e depois acelera
como uma mola, sei lá.
E chegou o mestre. O maestro. O estádio vibrou todo. Como
não há muito que dizer sobre o jogo em si – foi uma aula/demonstração de 47
minutos, salvo erro – o melhor é deixar as imagens falar. O Kevin Anderson até que
não jogou mal...quando teve chance de jogar. E vi, pela primeira vez EVER, o
que ficou apelidado mais tarde de SABR – Sneak Atack By Roger. Só me lembro da
cara de todo o mundo, com um olhar de “queporréessa?”.
Espetacular! Um sonho realizado.
E assim terminou o passeio. Era meia noite quando saí do
complexo esportivo, 30 minutos de carro de volta para o hotel, dormir 4 horas,
para pegar o primeiro voo de volta para NY, via Chicago. Cheguei exausto, mas é
impressionante como aquela 1 hora fez tudo o resto, todos os dramas, valer a
pena.
FIM!
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