Leituras negras...
Quando fui trabalhar para Luanda, em 2005, inconscientemente decidi que ia ler mais. E ler não só Steinbeck, mas também dar uma chance a outros autores menos familiares. Foi assim que li o complexo Invisible Man de Ralph Ellison. Livro que, aliás, vou ter que ler outra vez para realmente tocar com o dedo toda a densidade do livro. Afinal de contas foi acho que foi a minha primeira tentativa com a literatura negra (Engraçado. Nunca tinha pensado nisso antes de escrever estas palavras, mas acho que Ralph Ellison é o único autor negro que eu li até agora...
Dizia eu então, que li alguns livros. Coincidentemente, fiquei-me por dois autores africanos que não tinha tocado: Pepetela e Mia Couto.
Do Pepetela li Jaime Bunda, agente secreto, que achei ridículo, embora tenha seu interesse para quem conheça Luanda, porque retrata muito bem os lugares e costumes das pessoas e da cidade. Já o A Geração da Utopia é, para mim, outro campeonato. Brilhantemente escrito, retrata uma geração que eu conheço bem, a dos nossos pais, no momento de guerras de descolonização. Por mais que o livro fale exclusivamente da versão angolana da história, ele acaba por contar uma historia que creio, é comum à maior parte dos países que na altura estavam sob o jugo português. Sonhos, lutas, fugas, raizes fora da terra, lágrimas, paixões e muita esperança...
Dizia eu então, que li alguns livros. Coincidentemente, fiquei-me por dois autores africanos que não tinha tocado: Pepetela e Mia Couto.
Do Pepetela li Jaime Bunda, agente secreto, que achei ridículo, embora tenha seu interesse para quem conheça Luanda, porque retrata muito bem os lugares e costumes das pessoas e da cidade. Já o A Geração da Utopia é, para mim, outro campeonato. Brilhantemente escrito, retrata uma geração que eu conheço bem, a dos nossos pais, no momento de guerras de descolonização. Por mais que o livro fale exclusivamente da versão angolana da história, ele acaba por contar uma historia que creio, é comum à maior parte dos países que na altura estavam sob o jugo português. Sonhos, lutas, fugas, raizes fora da terra, lágrimas, paixões e muita esperança...


O próximo livro deverá ser o Ultimo vôo do flamingo ou ainda o Terra Sonâmbula - talvez o mais conhecido dele?
Neste momento, vou mergulhar pela terceira vez no 100 anos de solidão do Gabriel Garcia Marquez (convencido que deveria fazer o esforço de ler o livro na sua lingua original...), também a minha primeira leitura de um autor latinoamericano. Raramente um livro lutou contra mim como este. Espero que ele ganhe. Melhor. Espero que ele me ganhe...
Já que estou aqui, deixo o registo que o Mobi Dick de Herman Melville nao vale a fama. Isso percebi eu depois de 135 capitulos e mais de 800 páginas. Não entendo porque este livro é considerado uma obra de arte...por pessoas que não caçam baleias... não vamos discutir gostos....
David,
ResponderExcluirEstás a perder a pedalada. Há uma semana que não escreves.
Beijos a todos,
Inês
Check again :)
ResponderExcluirEu a ti recomendava-te o "Stranger in a strange land" do Robert Heinlein. Não sei porquê, mas acho que ias gostar. ;)
ResponderExcluirGracias. Vou procurar. Contente em te ler aqui :)
ResponderExcluirvaleu pelas dicas, david!
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