Eu tentei, Bruno. Nós tentamos...
Soube agora que você se foi. Finalmente. Digo finalmente, porque imagino que todo o processo até você conseguir ir deve ter sido um composto espesso de sofrimento, sufoco, dor... o que a gente imagina ser o inferno. A gente nem era os melhores dos amigos, mas por alguma razão você me procurou. Me tocou. Algumas vezes de forma cruel por me fazer sentir que basicamente só não terminava tudo porque tinha a sesnação que me devia alguma coisa. E não me devia nada. Te vendi um baixo para ver se isso te fazia voltar a tocar, compor, criar... n vezes você tentou me vender o baixo de novo...e vendeu, só para eu insistir que você ficasse com ele, porque eu não tinha uso para ele. E umas vezes, você disse que estava agoniado com a ideia de morrer e o baixo ficar com você. E também lembro das letras que voc~e escrevia, para tentar fazer músicas. E você dizia que não conseguia fazer nada com elas, "porque estavam muito deprê". Estavam. Sensação de que podiam ser apenas sintomas de um esta